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segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Brasil e Argentina assinam acordo para popularizar acesso à internet

Agência Brasil
Agência Brasil

Plano prevê implantação de cabos ópticos
e integração das estatais dos dois países

Plano de ação conjunta prevê melhoria da qualidade de conexão até 2015 nos dois países





Os governos do Brasil e da Argentina assinaram nesta segunda-feira (31), em Buenos Aires, na Argentina, um plano de ação conjunta para cooperação bilateral com objetivo de massificar o acesso à internet em banda larga até 2015 nos dois países, por meio da melhoria na qualidade de conexão e da ampliação da disponibilidade do serviço.

O plano prevê a implantação de dutos para a passagem de cabos de fibra óptica entre os dois países, a integração das estatais de telecomunicações brasileira e argentina (Telebras e Arsat, respectivamente), a associação estratégica na produção de equipamentos e a troca de informações sobre programas e políticas na área industrial que ampliem o acesso a equipamentos.

Os dois países também devem desenvolver em conjunto conteúdos digitais e interativos e trabalhar em parceria para definir mecanismos de financiamento e acesso a crédito para projetos estratégicos na área, sejam públicos ou privados.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que integra a comitiva presidencial que está na Argentina, destacou que o acordo garante o desenvolvimento integrado de políticas na área do acesso à internet e a novas tecnologias.

Também foi estabelecida a intenção de criar um Conselho de Alto Nível, que será integrado, do lado brasileiro, pelo Ministério das Comunicações e do lado argentino, pelo Ministério do Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços e pela Comissão de Planejamento e Coordenação Estratégica do Plano Nacional de Telecomunicações Argentina Conectada.

FONTE:R7


Síndrome rara fez americana ser atacada pela própria mão

Reprodução/BBCBBC Brasil
Reprodução/BBC
Mulher viveu com doença rara por 18 anos, mas foi curada com remédios

Karen Byrne disse que ficava com o rosto inchado após agressões. Imagine ser atacado por uma de suas próprias mãos, que tenta repetidamente estapear e socar você. Ou então entrar em uma loja e tentar virar à direita e perceber que uma de suas pernas decide ir para a esquerda, fazendo-a andar em círculos.

Essa realidade é bem conhecida da americana Karen Byrne, de 55 anos, que sofre de uma condição rara chamada Síndrome da Mão Alheia.

A síndrome de Byrne é fascinante, não somente por ser tão estranha, mas, também, por ajudar a explicar algo surpreendente sobre como nossos cérebros funcionam.

O problema começou após ela passar por uma cirurgia, aos 27 anos, para controlar sua epilepsia, que havia dominado sua vida desde seus 10 anos de idade. A cirurgia para curar a epilepsia normalmente envolve identificar e depois cortar um pequeno pedaço do cérebro no qual os sinais elétricos anormais se originam.

Quando isso não funciona, ou quando a área danificada não pode ser identificada, os pacientes precisam passar por uma solução mais radical. No caso de Byrne, seu cirurgião cortou seu corpo caloso, um feixe de fibras nervosas que mantém os dois hemisférios do cérebro em permanente contato.

Novo problema

O corte do corpo caloso curou a epilepsia de Byrne, mas a deixou com um problema totalmente diferente. Ela conta que, inicialmente, tudo parecia bem, mas então os médicos começaram a notar um comportamento extremamente estranho.

- O médico me disse: 'Karen, o que você está fazendo? Sua mão está te despindo'. Até ele dizer isso, eu não tinha percebido que minha mão esquerda estava abrindo os botões da minha camisa. Então eu comecei a abotoar a camisa novamente com a mão direita, mas, assim que eu terminei, a mão esquerda começou a desabotoar de novo. Então o médico fez uma chamada de emergência para um outro médico e disse: 'Mike, você precisa vir aqui imediatamente, temos um problema'.

Karen Byrne havia saído da operação com uma mão esquerda que estava fora de controle.

- Eu acendia um cigarro, colocava-o no cinzeiro e então minha mão esquerda jogava-o fora. Ela tirava coisas da minha bolsa sem que eu percebesse. Perdi muitas coisas até que eu notasse o que estava acontecendo.

Em alguns casos, a mão esquerda dela chegava a estapeá-la, sem controle. Ela conta que seu rosto chegava a ficar inchado com tantos golpes.

Luta de poder

O problema de Byrne foi provocado por uma luta por poder dentro de sua cabeça. Um cérebro normal é formado por dois hemisférios que se comunicam entre si por meio do corpo caloso.

O hemisfério esquerdo, que controla o braço e a perna direitos, tende a ser onde residem as habilidades linguísticas. Já o hemisfério direito, que controla o braço e a perna esquerdos, é mais responsável pela localização espacial e pelo reconhecimento de padrões.

Normalmente, o hemisfério esquerdo, mais analítico, domina e tem a palavra final nas ações que desempenhamos. A descoberta do domínio hemisférico tem sua raiz nos anos 1940, quando os cirurgiões decidiram começar a tratar a epilepsia com o corte do corpo caloso.

Após a recuperação, os pacientes pareciam normais. Mas nos círculos psicológicos eles se tornaram lendas.

Isso porque esses pacientes revelariam, com o tempo, algo que parece incrível - que cada metade do nosso cérebro tem uma espécie de consciência separada. Cada hemisfério é capaz de ter sua própria vontade independente.

Experiências

O primeiro cientista que comprovou essa tese foi o neurobiólogo Roger Sperry. Em um estudo particularmente notável, que ele filmou, é possível ver um dos pacientes com o cérebro dividido tentando resolver um quebra-cabeça.

O quebra-cabeça exigia o rearranjo de blocos para que eles correspondessem a padrões em uma imagem.

Primeiro, o homem tentou resolver o quebra-cabeça com sua mão esquerda (controlada pelo hemisfério direito), com bastante sucesso.

Então Sperry pediu ao paciente que usasse sua mão direita (controlada pelo hemisfério esquerdo). Essa mão claramente não tinha nenhuma ideia de como fazê-lo.

A mão esquerda então tentou ajudar, mas a mão direita parecia não querer ajuda, então elas terminaram brigando como se fossem duas crianças.

Experiências como essa levaram Sperry a concluir que "cada hemisfério é um sistema de consciência isolado, percebendo, pensando, lembrando, raciocinando, querendo e se emocionando".

Em 1981, Sperry recebeu o prêmio Nobel por seu trabalho. Mas em uma ironia cruel do destino, ele então já sofria com uma doença degenerativa do cérebro, chamada kuru, provavelmente contraída em seus primeiros anos de pesquisas com cérebros.

Medicação

A maioria das pessoas que tiveram seus corpos calosos cortados parece normal posteriormente. Você poderia cruzar com eles na rua e não saberia que algo havia acontecido.

Karen Byrne teve azar. Após a operação, o lado direito de seu cérebro se recusava a ser dominado pelo lado esquerdo.

Ela sofreu com a Síndrome da Mão Alheia por 18 anos, mas, felizmente para ela, seus médicos encontraram uma medicação que parece ter trazido o lado direito de seu cérebro de volta ao controle.

A história de Byrne foi contada no último programa da série da BBC The Brain (O Cérebro), que foi ao ar no Reino Unido nesta quinta-feira (20).

FONTE:R7

Centro americano faz diagnóstico de pacientes com doenças misteriosas

Linda SpillersBBC Brasil
Linda Spillers

O médico William Gahl discute com a paciente Kelly Klodzinski os seus sintomas no centro clínico do Instituto Nacional de Saúde dos EUA

Objetivo é encontrar novas síndromes e fazer avançar a ciência médica

Uma equipe no Instituto Nacional de Saúde (NIH, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, oferece ajuda a pacientes que sofrem de doenças sem diagnóstico no país.

Com a ajuda da tecnologia de ponta em exames, os médicos do Programa de Doenças Não Diagnosticadas (UDP) tentam decifrar sintomas que surpreendem clínicos de todos os hospitais do país.

O programa começou em maio de 2008, dentro da Rede de Pesquisa Clínica de Doenças Raras, no instituto americano. A ideia partiu do médico geneticista William Gahl, que pesquisa "erros" do metabolismo e más formações genéticas.

Gahl, que hoje é diretor do UDP e do Instituto Nacional de Pesquisa sobre Genoma Humano, acredita que defeitos genéticos podem explicar a maior parte das doenças raras - que são mais de 7 mil - e também as doenças que ainda não têm diagnóstico.

Desde o início do projeto, ele já recebeu 4.600 pedidos de análise e 1.600 formulários completos para a admissão no programa. No entanto, somente 350 pacientes foram aceitos.

- Qualquer pessoa pode se candidatar, mas aceitamos os casos que estão bem documentados, em que é possível ver que a pessoa já descartou todas as doenças comuns e muitas doenças raras conhecidas.

Segundo ele, o principal objetivo do programa é encontrar novas síndromes e fazer avançar a ciência médica. Até agora, apenas uma nova doença genética já foi descoberta, que será divulgada em uma publicação científica em fevereiro. A enfermidade causa a calcificação das artérias dos pacientes.

A taxa de sucesso nos diagnósticos é pequena. Dos primeiros 160 pacientes do UDP, somente 35 foram diagnosticados. Em geral, Gahl estima que entre 10% e 15% dos casos é solucionado.

O médico diz que não é possível saber exatamente quantas pessoas foram curadas, já que o tratamento dos pacientes geralmente é feito em outros hospitais e clínicas.

- É possível que a maior parte dos pacientes diagnosticados esteja ainda em tratamento, já que o programa tem somente 3 anos. Só a investigação sobre a doença pode levar dez.

Investigação

Todos os candidatos a uma vaga no UDP precisam ser indicados por um médico que já os examinou, por meio de uma carta de recomendação descrevendo o caso, que também deve ser acompanhada de um histórico detalhado dos exames já feitos.

William Gahl revisa todos os casos e, com outros especialistas ligados ao programa, decide quais serão aceitos. Para isso, é preciso que eles apresentem a possibilidade de descobrir uma forma nova de uma doença rara já conhecida ou uma doença nunca antes vista.

Os pacientes admitidos são levados para o centro de pesquisas clínicas do NIH, o maior hospital de pesquisa clínica do mundo, que fica em Maryland, nordeste dos Estados Unidos. Lá, eles passam uma semana fazendo todo tipo de exames médicos.

Quando os pacientes voltam para casa, o trabalho começa. Em reuniões, os médicos formulam hipóteses sobre doença que podem ou não ser confirmadas pelos resultados. Em alguns casos, o paciente é novamente trazido para exames. Todos os custos, incluindo a viagem, são pagos pelo governo.

Para aumentar a agilidade e a eficiência dos diagnósticos, o programa reúne médicos e pesquisadores da maior parte dos 27 institutos e centros de diferentes especialidades que fazem parte do NIH. Cada paciente é examinado, ao mesmo tempo, por especialistas em diversas áreas que correspondem aos sintomas que ele apresenta.

Enquanto analisam o paciente, os médicos tentam descobrir se a doença pode ter ligação com algum problema genético.

- Se essa abordagem não funciona, tentamos algo mais geral - uma avaliação genética para encontrarmos o que pode estar errado com os genes da pessoa. Se encontrarmos algo, tentamos descobrir se isso tem ligação coma doença.

Mesmo tendo à sua disposição o que há de mais avançado na tecnologia de pesquisas sobre o genoma, Gahl diz que precisa de três a seis meses somente para estudar o mapa genético do paciente. Muitos pacientes não conseguem esperar tanto.

Até hoje, 12 pessoas que entraram no programa morreram sem diagnóstico, e ainda há mais de 50 casos em aberto no arquivo de William Gahl.

- As nossas histórias são histórias reais de compaixão, de desespero, de pessoas realmente morrendo. Não se trata só de nos sentirmos bem por fazermos um diagnóstico acadêmico.

Tratamento gratuito

Denise Nazzaro, uma professora de 46 anos, adoeceu no final de abril, de 2009. Um dia, durante a aula, ela percebeu que estava com dificuldades para manter equilíbrio ao caminhar.

Depois disso, Nazzaro passou a ter visão dupla, ruídos nos ouvidos e hipersensibilidade ao barulho. Em maio, ela foi diagnosticada com encefalite. Por um motivo desconhecido, seu cérebro inchava e causava os demais sintomas.

- Fiz muitos testes e todos foram negativos. Era como um episódio da série de TV House.

Sem diagnóstico, Denise piorou.

- Era tão ruim que eu nem conseguia ouvir o barulho da minha própria voz. Estava tão fraca que não conseguia pegar uma caneta para escrever meu próprio nome.

Os sintomas melhoraram quando ela começou um tratamento com esteroides. No entanto, as altas dose do remédio causaram danos - alguns permanentes - no seu organismo. Uma tentativa de ficar sem os remédios provocou uma lesão séria no cerebelo, que afetou sua fala e a coordenação na mão esquerda.

Denise foi aceita no programa em dezembro de 2010, e acaba de ir ao centro em Maryland para os exames.

- Ainda bem que o programa é patrocinado pelo governo e eles pagam por tudo. Eu já tinha gastado muito dinheiro com tratamentos.

Espera

A doença de Kylie McPeak, uma menina de seis anos que sofre de convulsões inexplicáveis, permanece sem diagnóstico. Ela foi examinada em dezembro de 2009 pelos médicos do UDP e aguarda notícias do NIH.

William Gahl diz que o caso é inédito.

- Ainda não encontramos nenhum caso como o de Kylie. Ela é realmente única. Todos estão muito interessados no caso dela, mas precisaremos de uma análise genética.

Kylie começou a ter convulsões aos quatro anos de idade, depois de passar por um tratamento para diabetes. Pouco antes das convulsões, ela apresentava leves saltos na fala que evoluíram para dificuldades de dicção. Como seu corpo se contorce, Kylie desenvolveu uma séria escoliose na coluna e torcicolo no pescoço. Ela se alimenta por tubos porque não consegue comer.

Regina Larsen, mãe da menina conta a dificuldade enfrentada pela filha.

- O primeiro médico deu a ela um remédio muito forte que alterou seu comportamento. O segundo disse que ela tinha problemas psicológicos.

Hoje, a garota frequenta a escola e é acompanhada por três médicos, mas ainda espera por um diagnóstico definitivo.

- Ela não reclama das dores e lida bem com a situação, mas de vez em quando me pergunta: "Lembra de quando eu não era doente?"

FONTE: R7


Má alimentação aumenta casos de câncer no estômago




Doença é mais comum em homens a partir dos 50 anos, mas atinge ambos os sexos



Carnes gordurosas, frituras e alimentos de procedência desconhecida têm contribuído para novos casos de câncer no estômago. Os hábitos alimentares, na maioria das vezes, são responsáveis por doenças graves.


Os sintomas iniciais podem ser os do câncer de estômago, no entanto, também podem ser facilmente confundidos com outros problemas na região estomacal, como dores no abdômen e náuseas. E esse é um fator perigoso que evita o tratamento precoce.


Os homens são as maiores vítimas do câncer que pode surgir a partir dos 30 anos, mas é mais frequente aos 50.


O câncer de estômago é o segundo que mais mata no mundo depois do câncer de pulmão. Segundo estimativas do Inca (Instituto Nacional do Câncer) só neste ano no Brasil mais de 21 mil pessoas devem ser diagnosticados com a doença. Mas apesar de ser grave, na maioria das vezes, os casos podem ser curados com cirurgia.


Na maioria dos casos, o procedimento consiste na retirada no estômago. Então, o esôfago é ligado diretamente ao instestino. A duração da cirurgia é de seis horas. E depois da recuperação, o paciente passa a ter uma vida normal.


Saiba mais detalhes no vídeo abaixo:







FONTE: R7

Pagani Huayra é revelado por inteiro

pagani huayra oficial 3 Pagani Huayra é revelado por inteiro

pagani huayra oficial 1 Pagani Huayra é revelado por inteiro


O Pagani Huayra finalmente é revelado por completo. O super esportivo de um milhão de euros, substituto do Zonda e anteriormente conhecido como C9 tem seu nome vindo de um “deus do vento”, e é pronunciado “Wirer”. A Pagani diz que levou anos para o desenvolver, e oferece um estilo um pouco diferente do Zonda. Ainda na aliança da Pagani com a AMG, o Huayra tem um motor 6.0 V12 de 700 e 730 cavalos.



Isso porque são duas versões, uma normal e outra chamada Sport. O bloco do motor é compartilhado com o SL65 Black Series, mas a Pagani encomendou mudanças para a AMG, como por exemplo redução de turbo lag e melhor resposta ao comando do acelerador. No final das contas, são novos pistões, novos turbos e vários outros componentes inéditos.


pagani huayra oficial 2 Pagani Huayra é revelado por inteiro


A Pagani não entra muito em detalhes sobre a performance do Huayra, mas diz que ele chega a 368 km/h, acelerando de 0-100 em apenas 3,3 segundos. O controle de tração é da Bosch, e o câmbio é um de sete marchas com trocas atrás do volante, feito pela empresa britânica XTRAC, especialmente para a Pagani. Para reduzir o comprimento do conjunto, a caixa de câmbio é montada transversalmente atrás do motor.


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O peso seco é de 1.350 quilos, apesar de o Huayra ser maior que o Zonda e ter mais equipamentos de série e também de segurança. Isso fez com que o modelo conseguisse ser homologado nos EUA, o que nunca aconteceu anteriormente com a Pagani.


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Outros detalhes inéditos incluem as portas que se abrem para cima e a carroceria toda em fibra de carbono. A altura da suspensão dianteira é regulável, não apenas para acesso a garagens e ao passar em lombadas, mas também para controlar ativamente a passagem de ar debaixo do carro em altas velocidades.


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O interior é claramente de um Pagani, mas foi modificado para ser mais confortável em viagens longas, com mais espaço para os ocupantes bem como sistema de navegação com tela sensível ao toque e Bluetooth.


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Se vários compradores se interessarem no Pagani Huayra, o fabricante poderá dobrar sua produção anual. Veja os detalhes sobre o esportivo:


Price: 1,000,000 euro; 0-62mph: 3.3sec; Engine: V12, 5980cc, petrol; Layout: Mid, longitudinal, RWD; Power: 700bhp at 6300rpm; Torque: 664lb ft at 2500-4250rpm; Gearbox: 7-spd automated manual; Weight: 1350kg (dry); Suspension: Double wishbones, coil springs, anti-roll bar (f&r); Brakes: 380mm carbon-ceramic discs (f&r); Length: 4605mm; Width: 2036mm; Height: 1169mm; Tyres: 225/35 ZR19 (f), 335/30 ZR20 (r) Pirelli PZeros


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Vídeo: veja as primeiras imagens do superesportivo Pagani Huayra




Pagani Huayra alia desempenho com acabamento exemplar/Reprodução

Menos de 24 horas após a Pagani divulgar as primeiras fotos do seu novo superesportivo Huayra, substituto do Zonda, cai na internet o primeiro vídeo da máquina com portas no estilo “asas de gaivota”.

Nas imagens é possível ouvir o motor Mercedes-Benz AMG V12 de 700 cv ganhando vida e assustando o belo pastor alemão que rondava o carrão. Veja:



New Pagani Huayra revealed - evo Magazine por thevideos no Videolog.tv.

FONTE: R7

Cientistas revelam os segredos das proteínas do veneno de serpente

Jeffrey Arguedas/EFEEFE
Jeffrey Arguedas/EFE

As melhores informações sobre o veneno das serpentes estão em suas proteínas

Pesquisadores da Costa Rica querem melhorar soros antiofídicos

Os segredos mais secretos dos venenos da serpente estão localizados nas suas proteínas e um grupo de cientistas da Costa Rica trabalha atualmente na construção de seus proteomas (espécie de genoma das proteínas), o que permitirá uma melhora substancial dos soros antiofídicos para pacientes de todo o mundo.

No laboratório do Instituto Clodomiro Picado Twight, na Costa Rica, pesquisadores de alto nível estudam a estrutura e função das proteínas, incluindo sua forma de atuar e interagir dentro das células para entender melhor como atuam os venenos no organismo.

Tal laboratório, único na América Central, tem menos de um ano operando, mas já decodificou já o proteoma do veneno de nove serpentes da Costa Rica, e por sua vez estuda o veneno da taipán, de Papua Nova Guiné, e de cinco cobras africanas procedentes da Nigéria. Suas descobertas, que no início foram concluídas graças à colaboração do Laboratório de Proteômica Estrutural do Instituto de Biomedicina (Espanha), foram publicadas na imprensa especializada como Journal of Proteomics e Journal of Proteome Research.

Para o coordenador do laboratório, o doutor em microbiologia Bruno Lomonte, a possibilidade de fazer ciência desta complexidade em um país em desenvolvimento como Costa Rica "ajuda a reduzir o buraco em pesquisa e geração de conhecimento" que enfrentam as nações de recursos limitados.

Lomonte, que além disso é professor da Universidade da Costa Rica, descreve o trabalho que fazem no laboratório com as proteínas.

- É como tomar um colar de contas, cortá-lo em segmentos e depois analisar cada conta para rearmar o quebra-cabeças e saber bem de que está feito cada segmento.

Embora a proteômica analisa proteínas de todo tipo de células, a pesquisa do Instituto Clodomiro Picado as equipes, avaliado em R$ 2 milhões (US$ 1,2 milhões), se dedica unicamente ao estudo dos venenos das serpentes, sua área de especialidade.

O primeiro passo do processo é preparar as mostras; para isso se extrai a água do veneno até transformá-lo em pó. Pequenas quantidades se colocam então em avançados equipes que separarão os componentes do veneno das proteínas. O espectrômetro de massas se encarrega de "romper o colar" com um raio laser que ioniza a amostra e a corta em segmentos para analisá-los, de modo que "podemos comparar esses registros com bases de dados para identificar de qual se trata", assinala Lomonte.

Um cromatógrafo tem a mesma função, mas despedaçando a amostra com eletricidade. As duas provas são necessárias, pois a informação que conseguem é complementar, o que permite ter certeza dos resultados. Não é possível ver uma imagem da cadeia de proteínas, por isso que os cientistas armam um quebra-cabeças do proteoma baseado em registros numéricos de peso molecular.

Estes mapas de proteínas mostram que, na média, os venenos das serpentes costarriquenhos têm entre 30 e 40 proteínas diferentes, embora há exceções, como o da Coral, que é "bastante complexo" pois tem mais de 60 proteínas. Lomonte reconhece que o trabalho do laboratório é "ciência do Primeiro Mundo", um mérito que faz-se maior, afirma, em uma região com tantas dificuldades como a América Central.


- Que se abra um laboratório de proteômica na Alemanha não pode ser notícia, será um mais. Mas que este tipo de pesquisas se realizem aqui nos dão orgulho.

Olhando para ao futuro, Lomonte vislumbra muito trabalho para o Instituto; até devem decifrar o proteoma do veneno entre outras seis a sete serpentes da Costa Rica e esperam analisar amostras de outras, assim como de animais venenosos fora do país. Além disso, começaram a analisar as proteínas de seus próprios soros antiofídicos, que chegam à América do Sul, Europa, África e Ásia, para encontrar pontos fracos que devam ser melhorados à luz dos achados com os venenos.

FONTE: R7

sábado, 29 de janeiro de 2011

Nave-robô do Japão chega à Estação Espacial Internacional

AP

Equipamento levou mantimentos e peças de reposição à plataforma científica

Uma nave cargueira japonesa, batizada de Kounotori (cegonha, em japonês), guiada por controle remoto, chegou nesta quinta-feira (27) à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) levando mantimentos, equipamentos científicos e peças de reposição.

É a segunda nave japonesa a atracar na estação, e a primeira de quatro a chegar lá no período de um mês.

A chegada reforçou a confiança na capacidade de a ISS continuar em funcionamento depois que a Nasa (agência espacial americana) aposentar sua frota de ônibus espaciais, dentro de cerca de seis meses, após mais dois ou três voos.

Caberá então às naves japonesas HTV-2, aos Veículos Automatizados de Transferência (ATV) europeus e às cápsulas Progress, da Rússia, continuarem abastecendo a ISS.

A Estação Espacial Internacional é uma plataforma que fica a cerca de 350 km da Terra e serve para experimentos científicos. Seu projeto de construção, que custou o equivalente a R$ 167 bilhões (US$ 100 bilhões) e envolve 16 países, começou há 12 anos.

A Nasa espera que a partir de dezembro naves comerciais possam ser alugadas para também levar mantimentos à estação. Já o transporte de tripulantes será exclusividade dos módulos russos Soyuz, ao custo de US$ 51 milhões de dólares por passageiro.

A nave japonesa foi lançada no último sábado (22) a bordo de um foguete H-2B, no Centro Espacial Tanegashima, no sul do Japão.

Nesta quinta-feira (27), ela pairava a cerca de 10 m da Estação, enquanto a engenheira de voo em órbita, Catherine "Cady" Coleman, manobrava o braço robótico da plataforma para "laçar" a nave japonesa, que pesa quase 16 toneladas. Ela foi então atracada ao módulo Harmony da Estação.

Para esta sexta-feira (28), há a previsão de que os seis tripulantes da ISS descarreguem as 3,2 toneladas de carga que a Kounotori transportou.

A carga seguinte vem logo depois. Um foguete russo Progress deveria decolar ontem de Baikonur, no Cazaquistão, para chegar amanhã à estação.

O segundo ATV europeu, batizado de Johannes Kepler, está sendo preparado para o lançamento em 15 de fevereiro. No dia 24 de fevereiro, será a vez de a Nasa tentar lançar o ônibus Discovery, levando peças de reposição e um módulo de armazenamento, entre outros itens.



Astrônomos dizem que planetas fora do Sistema Solar são saída para habitantes da Terra

Reprodução

Concepção artística mostra o planeta GJ 1214b (em preto) fazendo a órbita em torno da estrela

Busca por exoplanetas deverá aumentar o número de descobertas nos próximos anos

Nos últimos dez anos, os astrônomos encontraram cerca de 500 planetas extrassolares (que ficam fora do Sistema Solar). Graças a avanços em tecnologias de detecção, que estão cada vez mais precisas, a busca por exoplanetas (planetas que ficam fora do Sistema Solar) deve fazer com que esse número seja ainda maior.

Segundo o astrônomo Ramachrisna Teixeira, diretor do Observatório Abrahão de Moraes da USP (Universidade de São Paulo), em Valinhos, no interior de São Paulo, o objetivo da procura por esse tipo de planetas, mais do que encontrar alienígenas, é preservar a espécie humana no futuro.

Hoje a Terra é habitável, mas um dia não será mais, o que nos obrigará sair daqui.

Seu colega, o astrônomo Ronaldo Mourão, fundador do Museu de Astronomia do Rio de Janeiro, lembra que nos próximos 5 bilhões de anos o Sol deverá se transformar em uma estrela gigante vermelha, destruindo a Terra. Mas o astrônomo concorda com seu colega que, antes disso, a própria humanidade se encarregará de acabar com as condições de vida por aqui.

- Só a ciência e a tecnologia conseguirão salvar a humanidade, nos oferecendo uma nova saída. Graças a elas, viveremos uma evolução muito grande e poderemos mudar de planeta.

Estudo ajudará a entender como eles nascem e se desenvolvem

A procura por esses mundos habitáveis é realizada fora de nosso Sistema Solar, daí a expressão "extrassolares". Os cientistas estimam que existam 200 bilhões de estrelas na Via Láctea, a nossa galáxia, e que 70% delas tenham as mesmas características de nosso Sol, com sistemas planetários parecidos com o nosso.

Segundo Mourão, a descoberta desses planetas “pode revelar que realmente existem outros sistemas planetários, ao contrário do que se pensava até meados do século 20”, quando sua existência era considerada uma raridade no Universo.

Graças a eles, começamos a compreender melhor a origem e o desenvolvimento dos planetas, o que foi muito importante também para entendermos melhor o futuro de nosso Sistema Solar.

Teixeira, que, em 1995, ajudou a medir a distância um dos primeiros exoplanetas detectados, conta que os astrônomos que estão procurando esses tipos de astros com probabilidade de vida estudam estrelas parecidas com o Sol (tipo G), que podem ter planetas com condições parecidas com as da Terra.

Em pouco tempo, seremos capazes de detectar planetas comparáveis ao nosso, com características que favoreçam a vida.

Laboratório brasileiro vai estudar comportamento de extremófilos

O astrônomo explica que, para os cientistas, vida significa qualquer micro-organismo (como uma bactéria) encontrado no fundo de um poço de petróleo, por exemplo, tão resistente que poderia ter sobrevivido a uma viagem planetária, como aconteceu com a bactéria encontrada pela Nasa que substitui o fósforo pelo arsênico.

Essa descoberta permite se pensar que outros elementos químicos poderiam propiciar a vida, não se limitando portanto aos já determinados carbono, hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, enxofre e fósforo.

Chamados de extremófilos, esses organismos conseguem sobreviver ou até necessitam fisicamente de condições geoquímicas extremas, prejudiciais à maioria das outras formas de vida na Terra.

Justamente para entender esses micro-organismos, até o final deste ano, o observatório de Valinhos deverá contar com um laboratório de astrobiologia, que irá simular atmosferas de Titã (lua de Júpiter) e do planeta Marte, por exemplo, para estudar como os extremófilos se comportam nesses ambientes.

O que os cientistas pretendem responder é "se a vida na Terra pode ter vindo de fora e se existe vida fora da Terra", explica Teixeira.


FONTE: R7

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Quem dorme bem fica mais atraente e saudável

Sono da beleza


Carlos Antonio
carlos.angtonio@arcauniversal.com

Um bom sono pode fazer muito mais pela beleza das mulheres do que muitos cremes. Esta foi a dedução de pesquisadores do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia. O estudo foi publicado na revista especializada British Medical Journal e defende que a tese de que as pessoas necessitam de um "sono de beleza" para melhorar a aparência está correta. Segundo os pesquisadores suecos, quem fica privado de sono por longos períodos parece menos atraente e saudável do que os que costumam dormir bem.

Os cientistas, comandados pelo médico John Axelsson, selecionaram 33 voluntários, não fumantes, entre homens e mulheres, para uma experiência inédita. Eles foram fotografados depois de 8 horas de sono e voltaram a posar para as câmeras depois de ficarem acordados durante 31 horas. No primeiro dia, os participantes, que estavam proibidos de ingerir bebida alcoólica, foram fotografados sem maquiagem e com o cabelo penteado para trás, depois de uma boa noite de sono. No dia seguinte, eles dormiram menos do que o considerado necessário e foram fotografados em seguida no mesmo horário e nas mesmas condições.

A distância da câmera e a iluminação também não foram alteradas e, nas duas ocasiões, foi pedido que fizessem expressões neutras.

As fotos foram mostradas a outras 66 pessoas que desconheciam o teor da pesquisa para que elas votassem naqueles que julgavam mais atraentes. As fotos que mostravam as pessoas com o rosto descansado pelo sono foram as indicadas. Para os responsáveis pela pesquisa, a falta de sono afeta tanto os sinais faciais da pessoa quanto a percepção que os outros têm de sua beleza.

Para o chefe da pesquisa, os resultados são muito importantes numa época em que tantas pessoas sofrem do distúrbio do sono, mas Axelsson admitiu que ainda falta comprovação científica para a descoberta. Ele disse acreditar que os resultados podem ajudar em consultas médicas, pois permite que o médico detecte mais facilmente sinais de doença nos pacientes.

A esteticista Paula Guedes desconhecia a existência da pesquisa, mas já sabia dos benefícios causados pelo sono. Ela explica que quando uma pessoa está dormindo, a musculatura facial atinge seu grau máximo de relaxamento e que os resultados das noites bem dormidas vão aparecer a longo prazo. Segundo a especialista, quando se dorme se produz melatonina, hormônio produzido pela glândula Pineal e que se transforma numa das armas antioxidantes e anti-radicais livres mais importantes que o nosso corpo produz. Além disso, a melatonina é responsável por controlar os níveis de cortisol, outro hormônio produzido em situações de estresse e que contribui para a formação de rugas de tensão e para o envelhecimento da pele.

Durante o sono também aumenta a produção do GH (hormônio de crescimento), cuja função principal é renovar as células e reparar os tecidos, causando o rejuvenescimento da pele, além de tornar as unhas e cabelos mais saudáveis.

Outra corrente científica defende a tese de que dormir bem causa emagrecimento, já que o sono está vinculado a hormônios como a lectina e a grelina, relacionados com a sensação de fome e saciedade, queima de gordura e consumo de energia de uma pessoa.

Ou seja, quem dorme um sono reparador, tem grandes chances de acordar mais bonito e em melhor forma física.

Agência Unipress Internacional






O uso do microchip na sociedade

Dispositivo eletrônico revoluciona a tecnologia e as relações sociais
Por Michele Roza / Fotos: Plinio Zúnica
michele.roza@arcauniversal.com

A evolução tecnológica de dispositivos eletrônicos somente tornou-se possível diante das invenções humanas que possibilitaram maior velocidade no processamento das informações e geração de conhecimento. A história do microchip, por exemplo, nasceu da necessidade de um componente eletrônico que ocupasse menos espaço e consumisse menos energia, mas ao mesmo tempo amplificasse sinais elétricos com qualidade e rapidez.

Linha do tempo e história

Na década de 1950, usavam-se grandes válvulas para a construção de aparelhos de rádio e televisão. De seis a 30 delas eram utilizadas, deixando os aparelhos com um volume extenso e gerando muito calor. Essas válvulas queimavam com muita facilidade e precisavam ser trocadas com frequência. A necessidade de substituição do sistema levou à criação do transistor, dispositivo pequeno, que poderia ser agrupado em grande número, e de baixo consumo de energia.

Todo esse esforço para reduzir de tamanho os componentes eletrônicos se dava por causa das novas necessidades da economia do pós-guerra (II Guerra Mundial). Era a Guerra Fria. A disputa entre Estados Unidos e União Soviética, que gerava uma corrida armamentista, já não era mais pela liderança bélica de uma nação, mas pelo conhecimento, avanço tecnológico e nuclear, e pela expansão espacial, mas, dessa vez, sem o conflito armado direto.

Aliado a um circuito eletrônico integrado, o transistor deu origem ao microchip. Na década de 1970, já se pensava em fazer comutação de sinal telefônico (interligar dois terminais por meio de um sistema automático). A primeira utilização do chip foi para essa finalidade. A expectativa era somente em cima da função tecnológica e de desenvolvimentos de sistemas, e isso valeu até mais ou menos 1990.

Ainda na década de 1970 começou a circular o primeiro microprocessador (responsável pela execução do sistema de um computador), apenas um experimento, que não chegou a ser usado em larga escala. A teoria, então, passou a ser usada na prática, na década de 1990, com a popularização e expansão do uso do computador pessoal e da internet (rede mundial de comunicação). Outros elementos como satélites, elevadores, carros, aviões, celulares, equipamentos médicos e robôs também possuem microchips.

O professor João Antônio Zuffo, engenheiro da Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), em 1963, foi quem encabeçou a montagem do primeiro circuito integrado do Brasil e da América Latina (1971), ainda quando a profissão era uma área bem restrita. Na opinião de Zuffo, as coisas mudaram e é necessário um conhecimento humano muito grande, de maneira que ajude o profissional a viver a Era da Informação, como ele denomina o mundo interconectado de hoje.

Ele falou ao Arca Universal sobre a função do microchip:

O avanço da tecnologia mudará o comportamento social?

Sim. Acredito que vai mudar totalmente a sociedade. Daqui a uns 30 anos, teremos uma sociedade super interconectada, e mudará a forma como as pessoas enxergam as coisas. O futuro é uma sociedade bicamada: a população socializada em um nível de vida muito alto – que já não daria muita importância ao dinheiro – e uma elite financeira – que de certa forma teria o desprezo da maior parte da sociedade, vivendo em um mundo à parte. O importante seria o prestígio social e as comunicações de forma generalizada, par a par ou em redes sociais.

Qual o papel do microchip nesse processo?

Na medida em que você tem microchips que comportam terabytes (mil gigabytes), qualquer pessoa poderá ter um computador em sua casa que arquive informação do porte de uma biblioteca inteira. Existe uma preocupação quanto ao futuro referente à privacidade. Em qualquer lugar que você vá, será identificado por câmeras que leem a face ou a retina, por exemplo. No futuro, você poderá realizar qualquer transação pelo computador apenas com o uso da biometria (impressão digital). Isso afeta a privacidade e não se terá mais a vida íntima como se tem hoje. Mas, por outro lado, poderá uniformizar a sociedade em termos de eliminar completamente a miséria, pois ela terá uma qualidade de vida nivelada, e o dinheiro será aspecto secundário.

É possível a implantação de microchips debaixo da pele?

Sim, é possível. E, na prática, acontece por segurança. Existe um tipo de chip chamado Digital Angel (Anjo Digital). Ele é um dispositivo de 2x2 milímetros de área que se implanta na pele. Por exemplo, se um executivo for sequestrado, ele tem um código (qualquer gesto ou palavra) que ativa a função desse microchip. Então, é possível saber onde ele está naquele momento, através de sinal transmitido via GPS ou telefonia celular. É um mecanismo de alta tecnologia.

Quais são os projetos semelhantes que temos no País?

No nosso laboratório na USP (Sistemas Integráveis da Poli) elaboramos detectores capazes de medir o cansaço muscular. É possível a aplicação do dispositivo em roupas íntimas e acessórios para monitorar a saúde da pessoa. Pensamos em desenvolver também uma série de roupas inteligentes, com chips quase imperceptíveis, para medir a temperatura da pessoa, seu batimento cardíaco e oximetria (quantidade de oxigênio no sangue). Pretendemos monitorar crianças que fizeram tratamento quimioterápico para verificar temperatura ou identificar uma infecção. São muitas aplicações possíveis com o intuito de melhorar a qualidade de vida e o tratamento da saúde das pessoas.

Vai chegar uma hora em que trocaremos tudo por um chip só?

As possibilidades de avanço impactam e a influência social disso é muito importante. Os cartões de créditos e documentos de identificação já têm chip. A tecnologia de hoje está muito mais avançada. Um tênis de uma marca famosa já possui um chip que alerta, por sistema bluetooth (rede de comunicação sem fio) se a pessoa não está pisando corretamente. Desde o primeiro microprocessador, o chip foi ampliando sua complexidade. Hoje, a internet continua dobrando o número de componentes a todo ano. Por volta do ano 2020 já se prevê chegar a 1 trilhão de componentes em um único microchip.

O que pode acontecer depois?

Depois disso, vamos chegar ao limite físico, porém, vai dar para reduzir mais por meio da microeletrônica, a nanotecnologia (pesquisa e produção em escala atômica). Isso poderá ser perigoso, porque existe uma série de coisas que as pessoas não entendem bem, mas estão mexendo. Por exemplo, as máquinas moleculares, biológicas e as máquinas que não param mais de se produzir, chamadas de reaplicáveis.

O Brasil acompanha toda essa evolução?

Em termos acadêmicos sim, nós conseguimos acompanhar. O problema do nosso país é não termos uma indústria eletrônica com a capacidade de fundir os microchips. Nós temos toda a competência de projetos. Projetamos modelos tal qual no exterior. Mas o direito autoral é de uma empresa de fora que o encomendou.

Como se fabrica um microchip?

As lâminas são de silício, retiradas de um cristal Quartzo, um dos materiais mais comuns na face da Terra, só que na areia do mar ele é muito contaminado e fica muito difícil de purificar. O quartzo é moído, fundido e puxado pela ponta do cristal de silício em forma de cilindro. Depois é cortado em lâminas, onde, uma por uma, as informações são gravadas por processo fotográfico, corroído com ácido e exposto. As lâminas de microchips são cortadas com diamantes em quadrados que serão utilizados para compor os sistemas integrados. Geralmente, alinha-se na ordem de vinte e tantas máscaras para compor um circuito integrado complexo. Hoje, elas têm 30 centímetros de diâmetro.